14 novembro 2014

Cirurgia Bariátrica


A obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de peso e especificamente pela desproporção do excesso de gordura corporal e ocorre quando a oferta de calorias é maior do que o gasto energético corporal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade mórbida é classificada quando o índice de massa corporal (IMC) apresenta-se maior ou igual 40kg/m².
O excesso de peso está relacionado a diversas condições que prejudicam a saúde e afetam a qualidade de vida. As doenças associadas à obesidade são chamadas de comorbidades e podemos citar como exemplo a diabetes, hipertensão arterial, síndrome metabólica, apnéia do sono, entre outras.
As principais causas da obesidade são: ingestão excessiva de alimentos, sedentarismo, genética e problemas hormonais.
A primeira opção para se livrar do excesso de peso é o tratamento clínico, que inclui dieta, exercícios, medicação e acompanhamento de endocrinologista e nutricionista. O objetivo é conscientizar o paciente da necessidade de trocar o sedentarismo e a má alimentação por hábitos de vida mais saudáveis que contemplem atividade física e dieta balanceada.
Nos casos em que o tratamento clínico não foi eficiente e há comorbidades associadas, o tratamento cirúrgico deve ser considerado.
A cirurgia bariátrica é indicada para indivíduos que tenham IMC maior ou igual 40kg/m² e que já tentaram o tratamento clínico por mais de 2 anos sem sucesso e também pode ser indicada para indivíduos que tenham IMC maior ou igual a 35kg/m² e que apresentem pelo menos uma comorbidade associada.
A cirurgia bariátrica pode ser dividida em três tipos: restritivas, mal absortivas e mistas.
Restritivas: Promovem perda de peso, porque causam saciedade com pequenas quantidades de alimentos.
Mal absortivas: Funcionam pela redução expressiva do segmento intestinal capaz de absorver nutrientes.
Mistas: Restringem a ingestão alimentar, além de promover disabsorção de parte dos nutrientes ingeridos.
O tratamento nutricional é essencial tanto no pré como no pós operatório, visando a conscientização de novos hábitos alimentares, promovendo perda de peso de forma saudável e prevenção de deficiências nutricionais.
            A dieta no pós operatório é dividida em fases: Líquida, liquidificada, pastosa, branda e normal.
Primeira fase – Dieta líquida
Tem como objetivo o repouso gástrico seguida de avaliação da tolerância oral e hidratação. Os alimentos devem estar na consistência líquida, de cores claras, em temperatura ambiente e sem adição de açúcar e gorduras e a ingestão deve ser em pequenos intervalos e frequentes, 50 ml a cada 2 horas.
Segunda fase – Dieta liquidificada
Tem como objetivos, ainda, o repouso gástrico e a hidratação, além de adaptação a pequenos volumes. Os alimentos devem estar na consistência liquida, ou que se dissolvam na boca, em temperatura ambiente, sem adição de açúcar. O fracionamento pode ser de 6 a 8 refeições diárias, com volume de 50 ml por refeição.
Terceira fase – Dieta pastosa
Dieta de transição para dieta branda. Os alimentos devem estar na forma de purês ou cremes, mingaus e as carnes devem ser batidas ou desfiadas.
Quarta fase – Dieta branda
Tem como objetivo, evoluir para uma consistência próxima ao normal, com digestão facilitada por alimentos abrandados pelo cozimento. O fracionamento deve ser de 6 refeições diárias, com volume de 50 ml por vez até 200 ml.
Quinta Fase – Dieta normal
Nessa fase, a consistência é normal, com adequações para evitar deficiências nutricionais. A tolerância dos alimentos e a prescrição de suplemento alimentar deve ser avaliada de acordo com a necessidade individual.
O acompanhamento com uma equipe multidisciplinar tanto para o pré ou pós-operatório é fundamental para que os resultados esperados sejam alcançados e mantidos sem nenhum prejuízo para a saúde.

E lembre-se que a cirurgia bariátrica é um procedimento de risco como qualquer outro e deve ser realizado em última instância, com critérios severos de avaliação individual. Portanto, manter uma alimentação balanceada e hábitos de vida saudáveis ainda é a melhor escolha.



05 novembro 2014

Chá de Melissa


A Melissa officinalis L. popularmente conhecida como Erva-Cidreira, é usada para reduzir a ansiedade e como antiespasmódico. Também usada para problemas gástricos e biliares por favorecer a secreção da bile e ter efeito regulador nas secreções gástricas.

Como princípios ativo temos os composto dos terpenos citral, citronelal, citronelol, limoneno, linalol e geraniol; taninos (derivado dos ácidos rosmarínico e cafeica), ácidos tritepernóides, flavonoides, mucilagens.

Pessoas com hipotensão arterial devem ter cautela ao usar.


Lembre-se: Consulte sempre um profissional de saúde habilitado antes de incluir qualquer fitoterápico em sua rotina!

01 novembro 2014

Chá de Cavalinha


A Equisentum sp., conhecida popularmente como cavalinha ficou famosa pelo seu forte poder diurético. Costumo indicar para os casos de retenção de líquido, pois estimula o funcionamento dos rins. No entanto, a cavalinha também é indicada para outros fins segunda a tradição popular (ainda não comprovados cientificamente): tratamento de próstata, bronquite, caspa, inflamação no fígado, aftas, hemorróidas.

Tem como princípio ativo o ácido sílico, sílica, saponinas, flavonoides, ácidos orgânicos, substâncias amargas e sais minerais.

E dentre propriedades benéficas encontram-se: anti-inflamatório, adstringente, diurético, desintoxicante e revitalizante. São esses que ajudam na boa circulação do sangue, beneficiam o metabolismo – resultando no emagrecimento – e elimina as toxinas absorvidas pelo organismo.

Modo de Preparo:
Para 500ml de água "fervente" (desligue a água antes de levar fervura, quando estiver formando pequenas bolhas), use 2 colheres de sopa da erva.

Quer incrementar o chá? Acrescente mais 2 colheres de sopa de hortelã fresco ou seco.

Lembre-se: Consulte sempre seu Nutricionista Funcional ou seu Médico, para saber como e quando inserir o chá.